E se todos somos esboço
Para que expormos
O quão somos
De tudo um pouco
De rascunho e esboço
Todos temos um pouco
Ou temos um muito
E sigo esboço
Assim, de medo morro
De não mais amar de novo
E se todos somos esboço
Para que expormos
O quão somos
De tudo um pouco
De rascunho e esboço
Todos temos um pouco
Ou temos um muito
E sigo esboço
Assim, de medo morro
De não mais amar de novo
Somos assim
Esse meio torto
Intersecção sem fim
Tudo bom de novo
E que bom que somos
Assim, donos de nós
Somos puro amor
Desataremos os nós
Dizem que o amor é uma droga
Mas é uma droga amar?
O único revés é quando acaba
Quando nada mais salva
Dizem que o amor é uma droga
E ele é, viciante
Assim como a droga
Não paramos após a primeira dose
Você para no primeiro cigarro?
Você para no primeiro gole?
E no primeiro amor?
It doesn’t fit
I’m thinking about quit
Or does it?
This shitty text
Is about love
And how complex it is
Or is it about hate?
All my ravenous rage
They say that I need
Get rid of it
But I think that’s my rage
Is the thing
That really moves me
Not love
Never love
Sou o pato
Sou o boto
Sou o sábio
Sou o tolo
E tudo que fazemos
Nesse mundo terreno
No fim, só lembranças teremos
Dinheiro? Não levaremos.
Talvez levemos a dor
Ou o amor
Que pensando bem
Sempre tem o mesmo ardor
E os bobos
Os tolos
Os loucos
Os botos
Tudo passa
Nessa breve vida
Na qual a partida
É sempre sofrida
Mas tudo é tão lindo
E tão triste
Tudo é lindo como uma criança
E tão triste quanto um paulistano
E a vida é triste como eu
E eu sou triste com ela
Mas há lampejos de alegria
Há tentativas de ser feliz
Eu, um ser triste, quem diz
O importante mesmo
Nessa breve vida, sou aprendiz
E dizem que o importante é ser feliz
E se o cristalino crescimento
For na verdade
A pura essência de criança?
For a brincadeira?
E se for pular as linhas da calçada?
Brincar que é soldado
Ou um anjo, alado
Talvez seja, Gustavo.
Entendo de quase tudo
Inclusive de muito nada
E sempre passo mudo
Seguindo por essa estrada
Sou o cara
Com cara de fim de mês
Triste, mas com esperança
De que não sei
De quem não sei
Sei que nada sei
E mesmo quando tudo conspira
Contra o pouco de nós que há
Talvez a gente resista
No sentimento que em nós está
Só te peço uma coisa
Uma mísera pequena coisa
Não vá
Intimação a ser
A vencer
Ter
Tudo imposto, nada livre
Tudo taxa
Tudo triste
Todos muro
Ninguém parque
E se em ti esse sentimento também invade
Junte-se aos loucos
Que ainda acreditam
No parque, na praça
Em menos grana
Mais pureza
Mais leveza
Discernimento
Perseverança